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Câncer de mama: desafio da superação

  • Psicóloga Renata P. Estevam
  • 29 de ago. de 2017
  • 2 min de leitura

O câncer de mama geralmente não apresenta sinais, ou sintomas, ele pode ser descoberto pelo exame de mamografia. Contudo quando descoberto, o tumor pode apresentar pelo menos um centímetro de comprimento, por isso é muito importante a partir dos quarenta anos, a realização anual da mamografia para ambos, homens e mulheres. O diagnostico precoce favorece uma melhor adesão ao tratamento e miminiza os riscos. Em casos de câncer na família, a prevenção inicia-se dez anos antes, o tratamento pode ser feito com a retirada da mama (mastectomía) quimioterapia, radioterapia ou hormonoterapia.

A ideia da doença em si, principalmente do câncer ainda hoje, e muito estigmatizada, levando a visão de morte. O câncer de mama tem como agravante a possível retirada do seio, seio esse que possui, varias representações, tais como maternidade, sexualidade e feminilidade, favorecendo possíveis quadros psicopatológicos como depressão e ansiedade.

Diagnosticada com câncer de mama, a mulher experimenta um momento traumático, repleto de sentimentos de medo, angústia, ansiedade, tristeza, incertezas, culpas, dor e fragilidade, as fantasias de morte e mutilação, perda da feminilidade, sensualidade marcam a vivencia desta paciente.

Em conseqüência disto existem alterações em sua rotina, como trabalho, casa, lazer e estudos, idéias, projetos e planejamentos futuros, podem ser um grande desafio, diminuindo assim suas perspectivas de vida. O acolhimento, compreensão, e carinho da família contribuem de forma significativa nessa etapa da vida. As dificuldades em adesão ao tratamento, e sintomas emocionais, podem ser favorecidas devido à falta deste aporte. Porém a família pode ter dificuldades, pois essa condição foi imposta por uma infeliz fatalidade, e não elegida. Outra dificuldade seria a impotência diante do sofrimento da paciente, e o reconhecimento do seu próprio sofrimento, a impossibilidade, visto que não podem fazer nada para evitar a doença, já que está instalada.

Quando a mama é retirada, a mulher possivelmente apresentará uma diminuição da auto- estima e feminilidade, intensificação da depressão e outros quadros psicopatológicos. Em muitos casos, existe um afastamento considerável das relações com o companheiro, devido uma impossibilidade em se perceber atraente e desejável. Isso faz parte de uma fase de luto, de perda de um membro do corpo, membro esse como citado com consideráveis significações. E de suma importância a compreensão do companheiro, e familiares, diante desta situação, acolhendo suas angustias, dando o tempo necessário, para reconstrução da visão do feminino, que não necessita exclusivamente de um seio para existir.

É importante pontuar que os sintomas emocionais, diferem de acordo com a historia de vida, que é muito singular, contexto econômico, social, amparo familiar, religioso, opção sexual, se obteve ou não acompanhamento psicológico.

Para um êxito no tratamento contra o câncer de mama, é essencial o trabalho multidisciplinar. O acompanhamento psicológico visa à prática do bem estar emocional, contribuindo e facilitando para a melhora na qualidade de vida. Possibilitando melhor adesão ao tratamento, e diminuindo os sintomas adversos, enfatizando no enfrentamento do luto do membro perdido, e dos sentimentos advindos deste, possibilitando um olhar para a reconstrução do feminino, da sexualidade, de suas potencialidades, tal acompanhamento se faz necessário durante e após o tratamento, pois é comum a idéia e medo do retorno ao câncer.


 
 
 

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