SÍNDROME DE BURNOUT: o adoecimento do profissional
- Psicóloga Renata P. Estevam
- 1 de set. de 2017
- 2 min de leitura
A síndrome de Burnout também conhecida como esgotamento profissional, é uma condição vivida mediante um estresse crônico ocupacional, demandando cansado físico e emocional relacionado ao contexto de trabalho. Fatores que favorecem esses casos relacionam–se com pessoas pro ativas, com alto grau de exigência interna, com idéias perfeccionistas, e excesso de dedicação. Os profissionais neste contexto podem ser de diversas áreas, tais como: enfermeiros, psicólogos, médicos, professores, jornalistas, advogados, telemarketing e outros. Os sintomas apresentados são: cansaço constante, fadiga, dores musculares e de cabeça, alterações no sono, apetite, concentração, memória, auto- estima, como também irritabilidade, intolerância, isolamento, sentimentos de impotência e fracasso, conseqüentemente trazendo grande sofrimento psíquico, prejuízos pessoais, sociais e profissionais e facilitando quadros depressivos graves e ansiógenos.

A pessoa acometida de tal síndrome pode receber ajuda de uma equipe multidisciplinar como psicólogos e psiquiatras, inclusive na avaliação da necessidade ou não de medicamentos, também sendo de importante relevância o apoio familiar. Tal tripé proporcionará ao sujeito a possibilidade de compressão dos sintomas, das causas e do resgate de suas potencialidades. Uma adaptação em sua agenda, visualizando e repensado sua rotina em busca de sua melhor qualidade de vida (física e emocional), buscando momentos de encontros verdadeiros consigo, atividades físicas, boa alimentação, lazer (busca do que lhe proporcione prazer) são recursos importantes e
utilizados na busca de sua adaptação e recuperação a esse novo contexto vivencial.
O trabalho faz parte da vida do sujeito, de sua constituição enquanto pessoa produtiva e reconhecida na sociedade. Uma questão inclusive contemporânea, visto que as coisas acontecem cada vez mais rápidas, os conhecimentos nunca são cristalizados, mudanças frenéticas, novos recursos, novas tecnologias, novos valores, o ser humano tem que estar sempre em alerta, para manter sua condição de trabalho, sua posição, uma era da pressa, para correr para produção em prazos cada vez mais curtos, perdendo o equilíbrio, o sentido para o que esta fazendo, vivendo.
Não é incomum nos deparamos com à famosa frase, -faz o que? Qual é sua profissão?- Trabalha aonde? Como se o que fizemos nos definisse por inteiro. Benjamin Franklin disse: - O trabalho dignifica o homem, frase acredito que ouvida por você leitor em algum momento de sua vida, e que traz muitos sentidos. Podemos pensar que o trabalho como dito acima nos traz um nome, um significado, uma dignidade, um sentido para o que fazemos diante da sociedade, contudo não podemos nos descuidar do essencial, de nossa saúde e equilíbrio, pois somos seres biopsicossociais, somos mente, corpo, social, cultural, pessoal, passado, presente, futuro, amor, ódio, alegria, tristeza, religião, espiritualidade. Por que nos limitar a definição do que fazemos profissionalmente para nos descrevermos totalmente? Isso nos serve parcialmente. Com isso é importante ressaltar que o trabalho faz parte da vida, e, portanto, é esperado e saudável, contudo o equilíbrio é o segredo, e quando não se consegue tal, podemos obter ajuda profissional especializada para poder lidar com as demandas que suas escolhas estão gerando.
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