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Intolerância e a sociedade atual: como compreender isso?

  • Psicóloga Renata P. Estevam
  • 17 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

A intolerância é a incapacidade de entender ou respeitar as diferenças seja elas nas opiniões, crenças, religião, cor, raça, cultura ou orientação sexual. Não precisa de muito para se deparar com situações ou pessoas na sociedade com tal comportamento chegando a agredir psicologicamente ou fisicamente outros;

O que leva uma pessoa a fazer tal coisa? Em uma sociedade democrática que defende a ideia da igualdade de direitos dá conta de vivenciar isso? Ou seria apenas uma utopia? O que acontece psicologicamente com um sujeito para tal? Por que as massas possuem uma dificuldade significativa em acolher e respeitar a subjetividade?

Essas são algumas perguntas às quais nos fazemos quando se trata de tal tema, despertando discussões nas redes sociais, TV e na sociedade em geral. O acesso à educação e a inserção cultural possibilitam maiores recursos para a compreensão e elaboração de melhores condições para aceitar e respeitar a diversidade.

Psicologicamente, quando crianças lidamos como a espera, com o “não” e com a frustração de forma primitiva e limitada. A satisfação imediata paira nessa fase da vida. Do decorrer do próprio processo de individualização a criança experimenta a ambivalência do igualar-se e diferenciar-se. Esse primeiro é importante para se reconhecer e se identificar o segundo necessitando diferenciar-se para assim construir sua identidade e subjetividade.

É muito importante o papel da família e da escola em seus primeiro anos de vida, no fortalecimento dos vínculos, na facilitação da compreensão do outro, do diferente, do esperar, na noção dos limites, na promoção de informação, palestras, debates, dialogo construindo junto com a criança a capacidade de tolerar e de suportar a frustração, pois a vida não se limitará as paredes do seu lar, terá que conviver com o outro e com as diversidades do mundo adulto.

As pessoas estão condicionadas a aceitar o externo, estético e aceitável em detrimento ao interno, excêntrico e diverso. Ninguém nasce intolerante, preconceituoso, racista, homofóbico e tantos outros, isso é construído socialmente. Nunca se falou tanto em inclusão social, mas será que realmente vivemos essa proposta? Ou será que o preconceito ainda convive conosco, de maneira mais discreta ou mascarada? A história do racismo, por exemplo, faz parte da história do nosso país, foi uma condição imposta, mas atualmente nos faz refletir na possibilidade de nos questionar, analisar e quebrar paradigmas.

Cabe ressaltar que quando nos possibilitamos o autoconhecimento esse favorecido pela psicoterapia, podemos aprender a nos amar, respeitar, perdoar nos permitir conhecermos assim aceitar a subjetividade do outro; Porem não somente aceitar e sim ser empático, colocar-se no lugar do outro. Lembrei-me de uma frase que diz: quando não conseguimos nos amar muito dificilmente poderemos amar alguém. Assim me fez pensar na intolerância como reflexo da incapacidade de se auto tolerar e de se autoconhecer.


 
 
 

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